segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ultrapassar os 250 km/h exige mais do que coragem

Para domar uma máquina de mais de 1.000 cc, capaz de gerar mais de 100 cv de potência e atingir velocidades que passam facilmente dos 250km/h, são necessárias muitas técnicas e atenção.


Diariamente, dezenas de motos de alto desempenho são emplacadas em São Paulo. Geralmente, essas motos são preservadas, indo às ruas em passeios de final de semana. Talvez, por isso, por serem usadas mais esporadicamente, os números de acidentes envolvendo motos de alta cilindrada são bem menores do que aqueles que contabilizam as motos de uso diário, ou seja, as que possuem cilindradas entre 125 e 250. No entanto, a gravidade dos acidentes que envolvem as super máquinas é o que assusta.

Para se ter na garagem uma moto poderosa, como uma Yamaha YZF R1 ou uma Honda CB 600F Hornet, não é suficiente ter boas condições financeiras somente. É também necessário saber que qualquer deslize pode provocar um acidente gravíssimo. E, na maioria das vezes, quem fica com o maior prejuízo é o motociclista aventureiro.

Em finais de semana, em estradas do interior paulista, facilmente podemos encontrar grandes grupos de motociclistas acelerando fundo suas potentes máquinas. Porém, não raramente, também podemos encontrá-los parados, a espera de atendimento médico de urgência para algum companheiro gravemente acidentado.

As fotos que podemos ver abaixo são de uma Susuki 1100 e de uma Yamaha YZF R1. Ambas estão paradas na Oficina Speed Center, aguardando por conserto. Alguém aí pode adivinhar o motivo que as levou à oficina?



Aqui, deixamos claro que não somos contra esse tipo de esporte, tampouco que não apoiamos o crescimento das motos do tipo Speed, porém, não podemos deixar de alertar para o perigo que uma máquina dessas pode representar se domada por mãos inexperientes.

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Texto: Maxwel C. Souza
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.detran.sp.gov.br
- http://www.moto.com.br

Fotos:
- Yamaha YZF R1: http://www.cmsnl.com
- Sukuzi 1100 acidentada: Maxwel C. Souza
- Yamaha R1 despedaçada: Maxwel C. Souza

Agradecemos à Oficina Speed Center, que colaborou com esta publicação.
A Oficina Speed Center fica na Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello, 5502.
Telefone: 011 6104.6580

A dura missão do novo Ford Ka

Dando mais requinte e estilo à nova versão do desacreditado Ka, a Ford tenta volar ao topo dos mais vendidos.


Mais do que um projeto visando a salvação da fábrica na cidade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a Ford apresenta o novo Ka. O carro vem como a grande aposta para 2008.

Só nos resta saber se a nova versão traz novidades e melhorias ou apresenta os velhos conhecidos problemas das versão anteriores.

Quanto ao visual, a primeira impressão é impactante. Mesmo possuindo algumas linhas que remetem ao antigo modelo, o novo Ka aparenta ser maior e mais robusto. Entretanto, ao analisarmos a ficha técnica do novo Ka, podemos constatar que o crescimento do carro não fica apenas na impressão: a nova carroceria é 22 centímetros maior de comprimento e 1 centímetro maior de largura. Essas mudanças, que, a princípio, podem parecer pequenas, mostram que fazem diferença para a dirigibilidade nas grandes cidades, principalmente quando o assunto é estacionar.

Para motoristas mais altos, o novo Ka deixa a desejar. Com pára-brisa curto e baixo, a visualização é dificultada. Quanto ao cinto de segurança, este não apresenta regulagem de altura.

Em relação às mudanças mais significativas, podemos dizer que, internamente, o carro ficou maior, dando mais comodidade aos passageiros. O Ka foi modificado visando dar mais espaço para as cabeça e para as pernas.

Com intuito de tornar o Ka o carro popular mais vendido do Brasil, a Ford ameaça tomar a liderança da VolksWagen, hoje consolidada com o modelo Gol. Mas, para desbancá-lo, ainda terá que lutar contra outros que querem a mesma fatia do bolo, como os Fiat Palio e Mille e o Chevrolet Celta.

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Texto: Fabiano Gomes dos Santos
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- hhtp://www.webmotors.com
- http://www.uol.com.br
- http://www.quatrorodas.com.br
- Revista Motor Show

Foto:
- http://www.carroecia.com.br

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Massa soberano em Istambul

Pelo terceiro ano consecutivo, o brasileiro Felipe Massa vence a etapa da Turquia de Fórmula 1.



Largando na pole, o piloto da Ferrari confirmou o favoritismo e com a vitória assumiu a vice-liderança do mundial de pilotos.


A estratégia definida pela McLaren, de três paradas nos boxes, começou a surtir efeito na 24ª volta. Com o carro mais leve, o inglês Lewis Hamilton ultrapassou Massa e assumiu, temporariamente, a primeira posição. Porém, o brasileiro retomou o posto de origem, durante a parada a mais do rival, e assim manteve até o final da prova.


O finlandês Kimi Raikonnen, líder do campeonato, se chocou na largada com Heikki Kovallainen e ambos tiveram que antecipar a ida para os boxes. Mesmo assim, o primeiro piloto da Ferrari fez uma boa corrida de recuperação e terminou em terceiro.


O polonês Robert Kubica, que continua sendo a sensação da temporada, mesmo largando em 5º, atrás das McLarens e das Ferraris, levou a sua BMW/Sauber ao 4º lugar.


Mesmo longe da zona de pontuação, o brasileiro Rubens Barrichello tem um bom motivo para comemorar. O piloto da Honda completou 257 corridas na categoria e quebrou o recorde que era do italiano Ricardo Patrese.

O outro brasileiro, Nelsinho Piquet da Renault, pouco fez durante a prova e terminou na 15ª posição.


O briga pelo título mundial de pilotos continua acirrada. Os Ferraristas, Raikkonen e Massa, aparecem na ponta com 35 e 28 pontos, respectivamente. Hamilton, mesmo tendo a mesma pontuação de Massa, aparece em 3º, devido ao número inferior de vitórias contra o rival. Fechando os quatro primeiros, Kubica aparece com 24 pontos.


A próxima etapa da Fórmula 1 será no tradicional GP de Monte Carlo, em Mônaco, daqui a duas semanas.



Classificação do GP da Turquia:
1 - Felipe Massa (Ferrari)
2 - Lewis Hamilton (McLaren)
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari)
4 - Robert Kubica (BMW/Sauber)
5 - Nick Heidfeld (BMW/Sauber)
6 - Fernando Alonso (Renault)
7 - Mark Webber (Red Bull)
8 - Nico Rosberg (Williams)
9 - David Coulthard (Red Bull)
10 - Jarno Trulli (Toyota)
11 - Jason Button (Honda)
12 - Heikki Kovalainen (McLaren)
13 - Timo Glock (Toyota)
14 - Rubens Barrichello (Honda)
15 - Nelson Piquet (Renault)
16 - Adrian Sutil (Force India)
17 - Sebastian Vettel (Toro Rosso)

Não completaram:
- Sebastien Bourdais (Toro Rosso)
- Giancarlo Fisichella (Force India)
- Kazuki Nakajima (Williams)


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Texto: Jorge A. Silva Junior

Edição: Filipe Freitas


Fotos:

- http://www.formula1.com

domingo, 4 de maio de 2008

Rossi vence em Xangai

O italiano Valentino Rossi garantiu, nesse domingo, sua primeira vitória no ano, após vencer a etapa da China da Moto GP.



O pentacampeão da categoria suportou até o final a pressão do espanhol Daniel Predrosa, que ficou com o segundo lugar.

Casey Stoner, atual campeão, não ameaçou em momento algum os dois primeiros e terminou na terceira colocação.

Porém, o destaque ficou por conta de Jorge Lorenzo. O espanhol, mesmo correndo com o tornozelo quebrado, garantiu um heróico quarto lugar.

Fechando os cinco primeiros, Marco Melandri, companheiro de Stoner, fez boa corrida e terminou em quinto.

A próxima etapa da temporada será na França, dia 18 de maio.



Classificação do GP da China:
1°. Valentino Rossi (Fiat Yamaha)
2°. Dani Pedrosa (Repsol Honda)
3°. Casey Stoner (Ducati Marlboro)
4°. Jorge Lorenzo (Fiat Yamaha)
5°. Marco Melandri (Ducati Marlboro)
6°. Nicky Hayden (Repsol Honda)
7°. Colin Edwards (Tech 3 Yamaha)
8°. Toni Elias (Alice Team)
9°. Loris Capirossi (Rizla Suzuki)
10°. Shinya Nakano (San Carlo Honda Gresini)
11°. Andrea Dovizioso (Jir Team Scot)
12°. James Toseland (Tech 3 Yamaha)
13°. Randy de Puniet (LCR Honda)
14°. John Hopkins (Kawasaki)
15°. Sylvain Guintoli (Alice Team)
16°. Alex de Angelis (San Carlo Honda Gresini)
17°. Anthony West (Kawasaki)

Não completou:
Chris Vermeulen (Rizla Suzuki)


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Texto: Jorge A. Silva Junior
Edição: Filipe Freitas

Fotos:
- http://www.uol.com.br

sábado, 3 de maio de 2008

Especial Carros Elétricos - Parte I

O carro elétrico surgiu de maneira quase que simultânea ao carro mecânico, porém, a explosão de vendas deste último, com o sucesso do Ford T, minguou os planos à bateria. Talvez, nos anos finais do século 19, a visão de futuro da época não previa a situação que hoje enfrentamos, do aquecimento do planeta, sendo o carro elétrico a opção mais correta, ecologicamente falando.

Algo que sempre dificultou o sucesso dos carros elétricos foi a potência que esses apresentavam, ou seja, irrisória, se comparada aos carros mecânicos. Porém, essa história está mudando, com a chegada de novas tecnologias que os fazem, em certos casos, mais rápidos do que muitos carros movidos à boa e velha gasolina.

Um desses casos é o Eliica, ou Eletric Lithium-Ion battery Car, isto é, o carro é movido eletricamente por baterias de íons de lítio. Produzido ainda como um protótipo pela Universidade de Keio, de Tóquio, o bólido japonês pode chegar a impressionantes 370km/h. Porém, apesar de toda a sua velocidade, as linhas do Eliica estranham. As oito rodas e os 5,1 metros de comprimento dão-lhe um aspecto não menos do que monstruoso. Outro fator que o diferencia dos verdadeiros carros de corrida é a ausência de transmissão: é como dirigir um carro sempre em primeira marcha. No entanto, os números de desempenho do Eliica deixam muitos V6 envergonhados: são necessários velozes 4 segundos para que o protótipo nipônico atinja os 100km/h, partindo do 0km/h. A potência gerada é equivalente a aproximadamente 800cv! Ecologicamente falando, o Eliica também é campeão: após plenamente carregado, o carro possui autonomia para rodar até 200km.



Mais próximo de nossa realidade está o Nissan Altima. Também da terra do sol nascente, o modelo já não é mais um protótipo e já pode ser comprado em sua versão híbrida, ou seja, o motor é metade elétrico, metade mecânico. Até 2010, a Nissan anuncia que tem planos para oferecê-lo numa versão completamente elétrica. A montadora também calcula que os preços serão próximos aos atuais.

A vantagem do Nissan Altima é que, à primeira vista, ele não provoca caretas e comentários sobre suas linhas, que são comportadas e atuais. Bem diferente dos demais projetos elétricos, sempre futuristas, com desenhos escandalosos e exóticos.



Outro modelo que também já roda entre nós, mas em sua versão tradicional, a gasolina, é o Volvo C30. Adaptado para rodar eletricamente, foi rebatizado como Volvo ReCharge. O carro sueco, assim como o japonês Eliica e os demais carros elétricos, também não possui transmissão, isto é, não há troca de marchas. As quatro baterias, de polímero de lítio, também apresentam uma novidade: são instaladas uma em cada roda; dessa forma, o carro poderia fazer curvas sem que houvesse ao menos uma caixa de direção. As mudanças de direção poderiam ser realizadas somente através do controle de tração de cada roda: as rodas do lado de dentro da curva girariam mais vagarosamente em relação às de fora, fazendo com que o carro alterasse sua trajetória.

Porém, o Volvo ReCharge não está completamente isento de ser chamado de um carro com emissão zero de poluentes. Carregado, ele tem autonomia para rodar até 100km, somente amparado por suas baterias; depois deste estágio, caso o trajeto desejado ainda não tenha sido percorrido, entra em ação um motor 1.6L, flex, para que as baterias sejam recarregadas.

Outra fonte de energia para essas baterias são os freios. Chamadas de frenagens regeneradoras, elas aproveitam a energia produzida pelo atrito dos discos para ajudar na recarga das quatro baterias.



A General Motors também não fica atrás no quesito responsabilidade ambiental. Recentemente, apresentou dois projetos para carros elétricos. Um deles é o Flextreme, uma mini-van completamente elétrica, com um motor central capaz de rodar 55km somente com suas baterias, isto é, sem precisar recorrer ao seu motor de auxílio, à diesel, de 1.3L.

A outra aposta da GM é o Volt. Assim como seu irmão Flextreme e seu concorrente Volvo ReCharge, o Volt também possui dois motores, um elétrico e outro mecânico. A autonomia do Volt é algo que, definitivamente, chama a atenção. Apesar de poder rodar, com suas baterias carregadas completamente, “somente” 60km (ele perde para o Volvo ReCharge, que possui autonomia de 100km), o seu econômico motor de 1.0L lhe dá fomento para poder percorrer amais 970km, graças ao seu tanque com capacidade para 54,5 litos. Isto quer dizer que o Volt tam autonomia para percorrer 1.030km sem precisar parar para reabastecer. Apesar deste motor de 1.0L parecer pouco para um carro desse porte, saiba que sua potência é de 72cv. Nada mal, se comparado a outros motores mil que vemos andando por aí. Por exemplo, vejamos os Fiat Mille e Palio Fire, que possuem, ambos, 65cv de potência. Intermediário, temos o VW Gol, com 68cv. Os que mais se aproximam do Volt são o Ford Ka e o Chevrolet Celta, com 70cv de potência cada um; este último também da família do Volt. Com 1.0L somente os Renalut Clio, Sandero e Logan superam o Volt, todos com potência de 76cv. Porém, vale lembrar, são as únicas versões com 16V.

As linhas do Volt, apesar de não serem escandalosas, tem um “quê” futurista. Porém, seu desenho frontal, inegavelmente, é inspirado em outra super máquina da General Motors: o Camaro, o que pode fazer com que sua aceitação dentro do mercado seja mais fácil. O que ainda impede o Volt de deixar as pranchetas e ser considerado um carro de fato é o preço de suas baterias, que são muito elevados. A General Motors segue dialogando com empresas que fabricam baterias para acordarem uma redução de valores, fazendo com que o Volt passe a valer a pena também financeiramente, pois ecologicamente já está mais do que provado que o modelo é uma boa pedida.



Abaixo vemos o novo Chevrolet Camaro, que de referência serviu somente as linhas ao Volt, pois economia não é com ele. O motor V8 6.0L não é nada ecologicamente correto. A nova versão, que tem planos para sair em 2009, já enfrenta problemas com as novas leis estadunidenses anti-poluição.



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Texto: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.webmotors.com.br
- http://www2.uol.com.br/interpressmotor
- http://www.quatrorodas.com.br
- http://www.autoblog.com
- http://www.jurispro.net
- http://www2.uol.com.br/bestcars
- http://www.gurgel800.com.br
- http://pt.wikipedia.org
- http://www.think.no
- http://www.autohoje.com
- http://www.fiat.com.br
- http://www.autoestrada.com.br
- Revista Quatro Rodas número 163 (fevereiro de 1974); p. 74 a 79

Fotos:
- Eliica: http://www.worsleyschool.net
- Nissan Altima: http://www.autoblog.com
- Volvo Recharge: http://www.webmotors.com.br
- Chevrolet Volt: http://www.webmotors.com.br
- Chevrolet Camaro: http://www.webmotors.com.br

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Especial Carros Elétricos - Parte II

Os modelos de carros elétricos mais simples também devem ser considerados. Até porque estão mais próximo de nossa realidade, tanto com relação à sua construção, que requer menos aparatos tecnológicos de última geração, quanto com relação a seu custo, obviamente mais baixo.

Apesar de mais timidamente, o nosso Brasil também não fica a ver navios quando o assunto é carros elétricos. Em 1974, a única montadora de automóveis inteiramente nacional, a Gurgel, lançou o seu protótipo de carro elétrico: o Gurgel TU. Depois de deixar de ser um protótipo, recebeu o nome de Itaipu. Batizado, evidentemente, em referência à Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu, localizada em Foz do Iguaçu, na parte sul brasileira, e em Ciudad del Este, na parte sul paraguaia, o Itaipu era um projeto do engenheiro João Conrado do Amaral Gurgel.

Por seu formato, o carrinho não escapava de comentários por onde quer que passasse. Sua medidas eram comedidas: 2,65 metros de altura, 1,40 metro de largura e 1,62 metro de distância entre eixos. Verdadeiramente uma caixa de fibra de vidro (outro diferencial dos modelos Gurgel). Visto de perfil, assemelhava-se a um trapézio. Dos modelos elétricos aqui vistos, talvez seja este Itaipu o mais exótico de todos.

Seus poderes de locomoção também eram restritos. Sua velocidade máxima era de 50km/h. Suas 10 baterias, de 12 volts cada, produziam uma potência de 4,2cv. Sua autonomia para rodar, plenamente carregado, variava entre 60 e 80km. Trajeto razoável, mesmo se comparado com alguns protótipos mais modernos, como o General Motors Flextreme, com força o suficiente para 55km. Entretanto, o tempo que as baterias do Itaipu levavam para ficar carregadas era extenso: 10 horas. Na cidade de sua produção e experimentação, Rio Claro, os vinte primeiros modelos tinham locais próprios para estacionamento. Ao lado de cada vaga, os proprietários podiam ligá-lo a uma tomada reservada especialmente a eles. Para a implantação de seu projeto, João do Amaral Gurgel conseguiu apoio total da prefeitura de Rio Claro, que até chegou a oferecer cinco anos de energia gratuita para os reabastecimentos do Itaipu.



Dentre os os modelos produzidos mais recentemente que se equiparam ao Itaipu, podemos citar o Th!nk. Nascido de uma parceria entre a marca Th!nk e a Ford, que produzirá os veículos, tem previsão para chegar às lojas ainda este ano, pelo menos nos Estados Unidos. O carro, assim como o Itaipu, também é feito para uso restrito, pois sua velocidade máxima alcançada é de 40km/h.

Ao contrário de outros modelos elétricos, que também possuem o motor mecânico para ser usado caso as baterias se descarreguem, o Tn!nk é movido somente por suas próprias baterias, o que o faz do modelo um emissor de poluentes zero.

Para 2009, a empresa tem planos para o Th!nk City, capaz de rodar por quase 200km somente com as cargas de suas baterias. O tempo de recarga para este carro é, segundo a própria empresa, similar a de um carregamento de telefone celular. A velocidade máxima do Th!nk City já faz com que ele seja capaz de andar como um carro qualquer pelas cidades: 100km/h. O Th!nk é, de fato, um carro ecológico; até mesmo sua estrutura diz isso, por ser 95% reciclável.



A Fiat do Brasil também já abriu o olho para esta nova vertente do mercado chamada carro elétrico. Ao firmar acordo com a Itaipu Hidrelétrica Binacional e o grupo suíço KWO, produziu o Fiat Palio Elétrico. O modelo, potencialmente falando, como quase todos carros elétrico em teste, é limitado. Sua velocidade máxima não ultrapassa os 110km/h. Sua potência máxima é de 15Kw, equivalentes a 20cv. Porém, o que vale a pena nesse Palio é o custo que se tem para fazê-lo funcionar, que é quase nulo, se comparado ao que se gasta para botar em marcha um carro tradicional.

Todas as vantagens dos carros elétricos são úteis, muito soberanamente, dentro das grandes cidades, porém, quando o assunto é estrada, ainda os movidos a combustíveis líquidos se dão melhor, e muito. A autonomia do Palio elétrico é de 120km; interessante para ir e voltar ao trabalho, mas para encarar uma viagem mais longa, ele teria que parar para se recarregar. E isso levaria nada menos do que 8 horas. Sem falar que a velocidade máxima por ele alcançada (110km/h) atrapalharia e muito os demais motoristas na estrada.

Mas, como tudo na vida, com seus prós e contras, o carro elétrico está aí. Quem quiser testá-lo de verdade, botar a mão na massa, vale a pena conferir o Quatro Rodas Experience, ou o QRX, citado aqui no Auto Giro no dia 27 de abril. Este evento permite aos visitantes, mediante a apresentaçao do ingresso especial, dirigir os carros selecionados pela organização do evento. Dentre os carros participantes, está a Palio Weekend Elétrica. Se você quiser saber mesmo como se comporta um desses novos modelos, que têm tudo para ganhar o futuro, dê uma passada por lá. O evento ocorrerá entre os dias 20 e 25 de maio, no autódromo de Interlagos. As vendas de ingresso só serão realizadas através do site: http://www.ingressoqrx.com.br/carro.php.



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Texto: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.webmotors.com.br
- http://www2.uol.com.br/interpressmotor
- http://www.quatrorodas.com.br
- http://www.autoblog.com
- http://www.jurispro.net
- http://www.worsleyschool.net
- http://www2.uol.com.br/bestcars
- http://pt.wikipedia.org
- http://www.gurgel800.com.br
- http://www.think.no
- http://www.autohoje.com
- http://www.fiat.com.br
- http://www.autoestrada.com.br
- Revista Quatro Rodas número 163 (fevereiro de 1974); p. 74 a 79

Fotos:
- Gurgel Itaipu: http://www.quatrorodas.com.br
- Th!nk: http://www.think.no
- Fiat Palio Elétrico: http://www.carroantigo.com

quinta-feira, 1 de maio de 2008

F700, o novo conceito da Mercedes-Benz

No último Salão do Automóvel de Frankfurt, a Mercedes-Benz apresentou o seu carro do futuro: o F700.


Com linhas mais do que arrojadas, o modelo vai além de ser apenas mais um carro extremamente luxuoso, pois acomoda seus seus passageiros de maneira nunca vista e é econômico e ecologicamente correto.

Apesar de ser um carro decididamente grande (5,18 metros de comprimento e 3,45 de distância entre eixos) e relativamente pesado (pouco mais de 1.699 kg), o F700 é amparado por um motor de 1.8L. Achou pouco? De fato, o número é surpreendentemente baixo para um carro dessas proporções, porém, este é um dos grandes trunfos do F700: o motor DiesOtto, a nova tecnologia da Mercedes-Benz. O F700 é abastecido com gasolina, mas o seu desempenho é o de um a diesel. Assista ao vídeo sobre o funcionamento do motor DiesOtto:



Por não ser um modelo esportivo, seus poderes foram, digamos assim, podados. Sua velocidade máxima, eletronicamente controlada, é de 200km/h; pouco para um motor tão saudável como esse. A prática de limitar as velocidades já é comum na Mercedes. Vejamos o Classe S 500, que possui motor V8 de 3.5L, capaz de alcançar 100km/h em corredios 5,4 segundos com seus 388cv de força, e pode chegar, no máximo, controlado pelo sistema, a "apenas" 250km/h. É evidente que "apenas" serve como mera força de expressão, mas que 250 km/h é pouco para um motor desse porte, isso não há como negar.

O F700 atinge de 0-100 km/h em 7,5 segundos, com 238cv de potência. Seu câmbio é automático, e utiliza a tecnologia Seven-tronic, de sete marchas. A direção ainda pode ser acompanhada por um computador de bordo altamente interativo. No painel, há a animação de uma simpática moça que indica ao motorista as melhores rotas para a ocasião.


Além de todo o conforto interno proporcionado pelo F700, um novo dispositivo faz com que a direção seja também mais confortável e segura: radares a laser lêem o terreno à frente, detectando irregularidades e eventuais buracos; a suspensão hidráulica Pre-Scan as interpreta e se adequa, fazendo com que os solavancos e as trepidações sejam as menores possíveis para os passageiros.

O interior do F700 é, definitivamente, seu grande destaque. As portas do lado direito abrem-se de maneira não convencional, ou seja, uma para cada lado, facilitando a entrada dos passageiros, já que, desse mesmo lado, através de um comando eletrônico, o banco traseiro pode ser invertido, possibilitando uma área muito mais ampla. Neste caso, o passageiro viaja de costas para o motorista. Veja as fotos:




Assista ao vídeo:



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Texto: Filipe Freitas

Referências:
- http://www2.uol.com.br/interpressmotor
- http://www2.uol.com.br/bestcars
- http://www.noticiasautomotivas.com.br
- http://www.automagazine.blogspot.com
- http://www.autofernsehen.de

Fotos:
- F700 de frente: http://www.autocult.com.au
- F700 de traseira: http://www2.uol.com.br/interpressmotor
- Computador de bordo: http://www.diseno-art.com
- Abertura inversa das portas: http://www.diseno-art.com
- Banco traseiro invertido: http://www2.uol.com.br/bestcars

Vídeos:
- Funcionamento do motor DiesOtto: http://www.youtube.com
- Apresentação do F700 em Frankfurt: http://www.youtube.com