segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ultrapassar os 250 km/h exige mais do que coragem

Para domar uma máquina de mais de 1.000 cc, capaz de gerar mais de 100 cv de potência e atingir velocidades que passam facilmente dos 250km/h, são necessárias muitas técnicas e atenção.


Diariamente, dezenas de motos de alto desempenho são emplacadas em São Paulo. Geralmente, essas motos são preservadas, indo às ruas em passeios de final de semana. Talvez, por isso, por serem usadas mais esporadicamente, os números de acidentes envolvendo motos de alta cilindrada são bem menores do que aqueles que contabilizam as motos de uso diário, ou seja, as que possuem cilindradas entre 125 e 250. No entanto, a gravidade dos acidentes que envolvem as super máquinas é o que assusta.

Para se ter na garagem uma moto poderosa, como uma Yamaha YZF R1 ou uma Honda CB 600F Hornet, não é suficiente ter boas condições financeiras somente. É também necessário saber que qualquer deslize pode provocar um acidente gravíssimo. E, na maioria das vezes, quem fica com o maior prejuízo é o motociclista aventureiro.

Em finais de semana, em estradas do interior paulista, facilmente podemos encontrar grandes grupos de motociclistas acelerando fundo suas potentes máquinas. Porém, não raramente, também podemos encontrá-los parados, a espera de atendimento médico de urgência para algum companheiro gravemente acidentado.

As fotos que podemos ver abaixo são de uma Susuki 1100 e de uma Yamaha YZF R1. Ambas estão paradas na Oficina Speed Center, aguardando por conserto. Alguém aí pode adivinhar o motivo que as levou à oficina?



Aqui, deixamos claro que não somos contra esse tipo de esporte, tampouco que não apoiamos o crescimento das motos do tipo Speed, porém, não podemos deixar de alertar para o perigo que uma máquina dessas pode representar se domada por mãos inexperientes.

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Texto: Maxwel C. Souza
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.detran.sp.gov.br
- http://www.moto.com.br

Fotos:
- Yamaha YZF R1: http://www.cmsnl.com
- Sukuzi 1100 acidentada: Maxwel C. Souza
- Yamaha R1 despedaçada: Maxwel C. Souza

Agradecemos à Oficina Speed Center, que colaborou com esta publicação.
A Oficina Speed Center fica na Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello, 5502.
Telefone: 011 6104.6580

A dura missão do novo Ford Ka

Dando mais requinte e estilo à nova versão do desacreditado Ka, a Ford tenta volar ao topo dos mais vendidos.


Mais do que um projeto visando a salvação da fábrica na cidade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a Ford apresenta o novo Ka. O carro vem como a grande aposta para 2008.

Só nos resta saber se a nova versão traz novidades e melhorias ou apresenta os velhos conhecidos problemas das versão anteriores.

Quanto ao visual, a primeira impressão é impactante. Mesmo possuindo algumas linhas que remetem ao antigo modelo, o novo Ka aparenta ser maior e mais robusto. Entretanto, ao analisarmos a ficha técnica do novo Ka, podemos constatar que o crescimento do carro não fica apenas na impressão: a nova carroceria é 22 centímetros maior de comprimento e 1 centímetro maior de largura. Essas mudanças, que, a princípio, podem parecer pequenas, mostram que fazem diferença para a dirigibilidade nas grandes cidades, principalmente quando o assunto é estacionar.

Para motoristas mais altos, o novo Ka deixa a desejar. Com pára-brisa curto e baixo, a visualização é dificultada. Quanto ao cinto de segurança, este não apresenta regulagem de altura.

Em relação às mudanças mais significativas, podemos dizer que, internamente, o carro ficou maior, dando mais comodidade aos passageiros. O Ka foi modificado visando dar mais espaço para as cabeça e para as pernas.

Com intuito de tornar o Ka o carro popular mais vendido do Brasil, a Ford ameaça tomar a liderança da VolksWagen, hoje consolidada com o modelo Gol. Mas, para desbancá-lo, ainda terá que lutar contra outros que querem a mesma fatia do bolo, como os Fiat Palio e Mille e o Chevrolet Celta.

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Texto: Fabiano Gomes dos Santos
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- hhtp://www.webmotors.com
- http://www.uol.com.br
- http://www.quatrorodas.com.br
- Revista Motor Show

Foto:
- http://www.carroecia.com.br

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Massa soberano em Istambul

Pelo terceiro ano consecutivo, o brasileiro Felipe Massa vence a etapa da Turquia de Fórmula 1.



Largando na pole, o piloto da Ferrari confirmou o favoritismo e com a vitória assumiu a vice-liderança do mundial de pilotos.


A estratégia definida pela McLaren, de três paradas nos boxes, começou a surtir efeito na 24ª volta. Com o carro mais leve, o inglês Lewis Hamilton ultrapassou Massa e assumiu, temporariamente, a primeira posição. Porém, o brasileiro retomou o posto de origem, durante a parada a mais do rival, e assim manteve até o final da prova.


O finlandês Kimi Raikonnen, líder do campeonato, se chocou na largada com Heikki Kovallainen e ambos tiveram que antecipar a ida para os boxes. Mesmo assim, o primeiro piloto da Ferrari fez uma boa corrida de recuperação e terminou em terceiro.


O polonês Robert Kubica, que continua sendo a sensação da temporada, mesmo largando em 5º, atrás das McLarens e das Ferraris, levou a sua BMW/Sauber ao 4º lugar.


Mesmo longe da zona de pontuação, o brasileiro Rubens Barrichello tem um bom motivo para comemorar. O piloto da Honda completou 257 corridas na categoria e quebrou o recorde que era do italiano Ricardo Patrese.

O outro brasileiro, Nelsinho Piquet da Renault, pouco fez durante a prova e terminou na 15ª posição.


O briga pelo título mundial de pilotos continua acirrada. Os Ferraristas, Raikkonen e Massa, aparecem na ponta com 35 e 28 pontos, respectivamente. Hamilton, mesmo tendo a mesma pontuação de Massa, aparece em 3º, devido ao número inferior de vitórias contra o rival. Fechando os quatro primeiros, Kubica aparece com 24 pontos.


A próxima etapa da Fórmula 1 será no tradicional GP de Monte Carlo, em Mônaco, daqui a duas semanas.



Classificação do GP da Turquia:
1 - Felipe Massa (Ferrari)
2 - Lewis Hamilton (McLaren)
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari)
4 - Robert Kubica (BMW/Sauber)
5 - Nick Heidfeld (BMW/Sauber)
6 - Fernando Alonso (Renault)
7 - Mark Webber (Red Bull)
8 - Nico Rosberg (Williams)
9 - David Coulthard (Red Bull)
10 - Jarno Trulli (Toyota)
11 - Jason Button (Honda)
12 - Heikki Kovalainen (McLaren)
13 - Timo Glock (Toyota)
14 - Rubens Barrichello (Honda)
15 - Nelson Piquet (Renault)
16 - Adrian Sutil (Force India)
17 - Sebastian Vettel (Toro Rosso)

Não completaram:
- Sebastien Bourdais (Toro Rosso)
- Giancarlo Fisichella (Force India)
- Kazuki Nakajima (Williams)


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Texto: Jorge A. Silva Junior

Edição: Filipe Freitas


Fotos:

- http://www.formula1.com

domingo, 4 de maio de 2008

Rossi vence em Xangai

O italiano Valentino Rossi garantiu, nesse domingo, sua primeira vitória no ano, após vencer a etapa da China da Moto GP.



O pentacampeão da categoria suportou até o final a pressão do espanhol Daniel Predrosa, que ficou com o segundo lugar.

Casey Stoner, atual campeão, não ameaçou em momento algum os dois primeiros e terminou na terceira colocação.

Porém, o destaque ficou por conta de Jorge Lorenzo. O espanhol, mesmo correndo com o tornozelo quebrado, garantiu um heróico quarto lugar.

Fechando os cinco primeiros, Marco Melandri, companheiro de Stoner, fez boa corrida e terminou em quinto.

A próxima etapa da temporada será na França, dia 18 de maio.



Classificação do GP da China:
1°. Valentino Rossi (Fiat Yamaha)
2°. Dani Pedrosa (Repsol Honda)
3°. Casey Stoner (Ducati Marlboro)
4°. Jorge Lorenzo (Fiat Yamaha)
5°. Marco Melandri (Ducati Marlboro)
6°. Nicky Hayden (Repsol Honda)
7°. Colin Edwards (Tech 3 Yamaha)
8°. Toni Elias (Alice Team)
9°. Loris Capirossi (Rizla Suzuki)
10°. Shinya Nakano (San Carlo Honda Gresini)
11°. Andrea Dovizioso (Jir Team Scot)
12°. James Toseland (Tech 3 Yamaha)
13°. Randy de Puniet (LCR Honda)
14°. John Hopkins (Kawasaki)
15°. Sylvain Guintoli (Alice Team)
16°. Alex de Angelis (San Carlo Honda Gresini)
17°. Anthony West (Kawasaki)

Não completou:
Chris Vermeulen (Rizla Suzuki)


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Texto: Jorge A. Silva Junior
Edição: Filipe Freitas

Fotos:
- http://www.uol.com.br

sábado, 3 de maio de 2008

Especial Carros Elétricos - Parte I

O carro elétrico surgiu de maneira quase que simultânea ao carro mecânico, porém, a explosão de vendas deste último, com o sucesso do Ford T, minguou os planos à bateria. Talvez, nos anos finais do século 19, a visão de futuro da época não previa a situação que hoje enfrentamos, do aquecimento do planeta, sendo o carro elétrico a opção mais correta, ecologicamente falando.

Algo que sempre dificultou o sucesso dos carros elétricos foi a potência que esses apresentavam, ou seja, irrisória, se comparada aos carros mecânicos. Porém, essa história está mudando, com a chegada de novas tecnologias que os fazem, em certos casos, mais rápidos do que muitos carros movidos à boa e velha gasolina.

Um desses casos é o Eliica, ou Eletric Lithium-Ion battery Car, isto é, o carro é movido eletricamente por baterias de íons de lítio. Produzido ainda como um protótipo pela Universidade de Keio, de Tóquio, o bólido japonês pode chegar a impressionantes 370km/h. Porém, apesar de toda a sua velocidade, as linhas do Eliica estranham. As oito rodas e os 5,1 metros de comprimento dão-lhe um aspecto não menos do que monstruoso. Outro fator que o diferencia dos verdadeiros carros de corrida é a ausência de transmissão: é como dirigir um carro sempre em primeira marcha. No entanto, os números de desempenho do Eliica deixam muitos V6 envergonhados: são necessários velozes 4 segundos para que o protótipo nipônico atinja os 100km/h, partindo do 0km/h. A potência gerada é equivalente a aproximadamente 800cv! Ecologicamente falando, o Eliica também é campeão: após plenamente carregado, o carro possui autonomia para rodar até 200km.



Mais próximo de nossa realidade está o Nissan Altima. Também da terra do sol nascente, o modelo já não é mais um protótipo e já pode ser comprado em sua versão híbrida, ou seja, o motor é metade elétrico, metade mecânico. Até 2010, a Nissan anuncia que tem planos para oferecê-lo numa versão completamente elétrica. A montadora também calcula que os preços serão próximos aos atuais.

A vantagem do Nissan Altima é que, à primeira vista, ele não provoca caretas e comentários sobre suas linhas, que são comportadas e atuais. Bem diferente dos demais projetos elétricos, sempre futuristas, com desenhos escandalosos e exóticos.



Outro modelo que também já roda entre nós, mas em sua versão tradicional, a gasolina, é o Volvo C30. Adaptado para rodar eletricamente, foi rebatizado como Volvo ReCharge. O carro sueco, assim como o japonês Eliica e os demais carros elétricos, também não possui transmissão, isto é, não há troca de marchas. As quatro baterias, de polímero de lítio, também apresentam uma novidade: são instaladas uma em cada roda; dessa forma, o carro poderia fazer curvas sem que houvesse ao menos uma caixa de direção. As mudanças de direção poderiam ser realizadas somente através do controle de tração de cada roda: as rodas do lado de dentro da curva girariam mais vagarosamente em relação às de fora, fazendo com que o carro alterasse sua trajetória.

Porém, o Volvo ReCharge não está completamente isento de ser chamado de um carro com emissão zero de poluentes. Carregado, ele tem autonomia para rodar até 100km, somente amparado por suas baterias; depois deste estágio, caso o trajeto desejado ainda não tenha sido percorrido, entra em ação um motor 1.6L, flex, para que as baterias sejam recarregadas.

Outra fonte de energia para essas baterias são os freios. Chamadas de frenagens regeneradoras, elas aproveitam a energia produzida pelo atrito dos discos para ajudar na recarga das quatro baterias.



A General Motors também não fica atrás no quesito responsabilidade ambiental. Recentemente, apresentou dois projetos para carros elétricos. Um deles é o Flextreme, uma mini-van completamente elétrica, com um motor central capaz de rodar 55km somente com suas baterias, isto é, sem precisar recorrer ao seu motor de auxílio, à diesel, de 1.3L.

A outra aposta da GM é o Volt. Assim como seu irmão Flextreme e seu concorrente Volvo ReCharge, o Volt também possui dois motores, um elétrico e outro mecânico. A autonomia do Volt é algo que, definitivamente, chama a atenção. Apesar de poder rodar, com suas baterias carregadas completamente, “somente” 60km (ele perde para o Volvo ReCharge, que possui autonomia de 100km), o seu econômico motor de 1.0L lhe dá fomento para poder percorrer amais 970km, graças ao seu tanque com capacidade para 54,5 litos. Isto quer dizer que o Volt tam autonomia para percorrer 1.030km sem precisar parar para reabastecer. Apesar deste motor de 1.0L parecer pouco para um carro desse porte, saiba que sua potência é de 72cv. Nada mal, se comparado a outros motores mil que vemos andando por aí. Por exemplo, vejamos os Fiat Mille e Palio Fire, que possuem, ambos, 65cv de potência. Intermediário, temos o VW Gol, com 68cv. Os que mais se aproximam do Volt são o Ford Ka e o Chevrolet Celta, com 70cv de potência cada um; este último também da família do Volt. Com 1.0L somente os Renalut Clio, Sandero e Logan superam o Volt, todos com potência de 76cv. Porém, vale lembrar, são as únicas versões com 16V.

As linhas do Volt, apesar de não serem escandalosas, tem um “quê” futurista. Porém, seu desenho frontal, inegavelmente, é inspirado em outra super máquina da General Motors: o Camaro, o que pode fazer com que sua aceitação dentro do mercado seja mais fácil. O que ainda impede o Volt de deixar as pranchetas e ser considerado um carro de fato é o preço de suas baterias, que são muito elevados. A General Motors segue dialogando com empresas que fabricam baterias para acordarem uma redução de valores, fazendo com que o Volt passe a valer a pena também financeiramente, pois ecologicamente já está mais do que provado que o modelo é uma boa pedida.



Abaixo vemos o novo Chevrolet Camaro, que de referência serviu somente as linhas ao Volt, pois economia não é com ele. O motor V8 6.0L não é nada ecologicamente correto. A nova versão, que tem planos para sair em 2009, já enfrenta problemas com as novas leis estadunidenses anti-poluição.



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Texto: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.webmotors.com.br
- http://www2.uol.com.br/interpressmotor
- http://www.quatrorodas.com.br
- http://www.autoblog.com
- http://www.jurispro.net
- http://www2.uol.com.br/bestcars
- http://www.gurgel800.com.br
- http://pt.wikipedia.org
- http://www.think.no
- http://www.autohoje.com
- http://www.fiat.com.br
- http://www.autoestrada.com.br
- Revista Quatro Rodas número 163 (fevereiro de 1974); p. 74 a 79

Fotos:
- Eliica: http://www.worsleyschool.net
- Nissan Altima: http://www.autoblog.com
- Volvo Recharge: http://www.webmotors.com.br
- Chevrolet Volt: http://www.webmotors.com.br
- Chevrolet Camaro: http://www.webmotors.com.br

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Especial Carros Elétricos - Parte II

Os modelos de carros elétricos mais simples também devem ser considerados. Até porque estão mais próximo de nossa realidade, tanto com relação à sua construção, que requer menos aparatos tecnológicos de última geração, quanto com relação a seu custo, obviamente mais baixo.

Apesar de mais timidamente, o nosso Brasil também não fica a ver navios quando o assunto é carros elétricos. Em 1974, a única montadora de automóveis inteiramente nacional, a Gurgel, lançou o seu protótipo de carro elétrico: o Gurgel TU. Depois de deixar de ser um protótipo, recebeu o nome de Itaipu. Batizado, evidentemente, em referência à Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu, localizada em Foz do Iguaçu, na parte sul brasileira, e em Ciudad del Este, na parte sul paraguaia, o Itaipu era um projeto do engenheiro João Conrado do Amaral Gurgel.

Por seu formato, o carrinho não escapava de comentários por onde quer que passasse. Sua medidas eram comedidas: 2,65 metros de altura, 1,40 metro de largura e 1,62 metro de distância entre eixos. Verdadeiramente uma caixa de fibra de vidro (outro diferencial dos modelos Gurgel). Visto de perfil, assemelhava-se a um trapézio. Dos modelos elétricos aqui vistos, talvez seja este Itaipu o mais exótico de todos.

Seus poderes de locomoção também eram restritos. Sua velocidade máxima era de 50km/h. Suas 10 baterias, de 12 volts cada, produziam uma potência de 4,2cv. Sua autonomia para rodar, plenamente carregado, variava entre 60 e 80km. Trajeto razoável, mesmo se comparado com alguns protótipos mais modernos, como o General Motors Flextreme, com força o suficiente para 55km. Entretanto, o tempo que as baterias do Itaipu levavam para ficar carregadas era extenso: 10 horas. Na cidade de sua produção e experimentação, Rio Claro, os vinte primeiros modelos tinham locais próprios para estacionamento. Ao lado de cada vaga, os proprietários podiam ligá-lo a uma tomada reservada especialmente a eles. Para a implantação de seu projeto, João do Amaral Gurgel conseguiu apoio total da prefeitura de Rio Claro, que até chegou a oferecer cinco anos de energia gratuita para os reabastecimentos do Itaipu.



Dentre os os modelos produzidos mais recentemente que se equiparam ao Itaipu, podemos citar o Th!nk. Nascido de uma parceria entre a marca Th!nk e a Ford, que produzirá os veículos, tem previsão para chegar às lojas ainda este ano, pelo menos nos Estados Unidos. O carro, assim como o Itaipu, também é feito para uso restrito, pois sua velocidade máxima alcançada é de 40km/h.

Ao contrário de outros modelos elétricos, que também possuem o motor mecânico para ser usado caso as baterias se descarreguem, o Tn!nk é movido somente por suas próprias baterias, o que o faz do modelo um emissor de poluentes zero.

Para 2009, a empresa tem planos para o Th!nk City, capaz de rodar por quase 200km somente com as cargas de suas baterias. O tempo de recarga para este carro é, segundo a própria empresa, similar a de um carregamento de telefone celular. A velocidade máxima do Th!nk City já faz com que ele seja capaz de andar como um carro qualquer pelas cidades: 100km/h. O Th!nk é, de fato, um carro ecológico; até mesmo sua estrutura diz isso, por ser 95% reciclável.



A Fiat do Brasil também já abriu o olho para esta nova vertente do mercado chamada carro elétrico. Ao firmar acordo com a Itaipu Hidrelétrica Binacional e o grupo suíço KWO, produziu o Fiat Palio Elétrico. O modelo, potencialmente falando, como quase todos carros elétrico em teste, é limitado. Sua velocidade máxima não ultrapassa os 110km/h. Sua potência máxima é de 15Kw, equivalentes a 20cv. Porém, o que vale a pena nesse Palio é o custo que se tem para fazê-lo funcionar, que é quase nulo, se comparado ao que se gasta para botar em marcha um carro tradicional.

Todas as vantagens dos carros elétricos são úteis, muito soberanamente, dentro das grandes cidades, porém, quando o assunto é estrada, ainda os movidos a combustíveis líquidos se dão melhor, e muito. A autonomia do Palio elétrico é de 120km; interessante para ir e voltar ao trabalho, mas para encarar uma viagem mais longa, ele teria que parar para se recarregar. E isso levaria nada menos do que 8 horas. Sem falar que a velocidade máxima por ele alcançada (110km/h) atrapalharia e muito os demais motoristas na estrada.

Mas, como tudo na vida, com seus prós e contras, o carro elétrico está aí. Quem quiser testá-lo de verdade, botar a mão na massa, vale a pena conferir o Quatro Rodas Experience, ou o QRX, citado aqui no Auto Giro no dia 27 de abril. Este evento permite aos visitantes, mediante a apresentaçao do ingresso especial, dirigir os carros selecionados pela organização do evento. Dentre os carros participantes, está a Palio Weekend Elétrica. Se você quiser saber mesmo como se comporta um desses novos modelos, que têm tudo para ganhar o futuro, dê uma passada por lá. O evento ocorrerá entre os dias 20 e 25 de maio, no autódromo de Interlagos. As vendas de ingresso só serão realizadas através do site: http://www.ingressoqrx.com.br/carro.php.



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Texto: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.webmotors.com.br
- http://www2.uol.com.br/interpressmotor
- http://www.quatrorodas.com.br
- http://www.autoblog.com
- http://www.jurispro.net
- http://www.worsleyschool.net
- http://www2.uol.com.br/bestcars
- http://pt.wikipedia.org
- http://www.gurgel800.com.br
- http://www.think.no
- http://www.autohoje.com
- http://www.fiat.com.br
- http://www.autoestrada.com.br
- Revista Quatro Rodas número 163 (fevereiro de 1974); p. 74 a 79

Fotos:
- Gurgel Itaipu: http://www.quatrorodas.com.br
- Th!nk: http://www.think.no
- Fiat Palio Elétrico: http://www.carroantigo.com

quinta-feira, 1 de maio de 2008

F700, o novo conceito da Mercedes-Benz

No último Salão do Automóvel de Frankfurt, a Mercedes-Benz apresentou o seu carro do futuro: o F700.


Com linhas mais do que arrojadas, o modelo vai além de ser apenas mais um carro extremamente luxuoso, pois acomoda seus seus passageiros de maneira nunca vista e é econômico e ecologicamente correto.

Apesar de ser um carro decididamente grande (5,18 metros de comprimento e 3,45 de distância entre eixos) e relativamente pesado (pouco mais de 1.699 kg), o F700 é amparado por um motor de 1.8L. Achou pouco? De fato, o número é surpreendentemente baixo para um carro dessas proporções, porém, este é um dos grandes trunfos do F700: o motor DiesOtto, a nova tecnologia da Mercedes-Benz. O F700 é abastecido com gasolina, mas o seu desempenho é o de um a diesel. Assista ao vídeo sobre o funcionamento do motor DiesOtto:



Por não ser um modelo esportivo, seus poderes foram, digamos assim, podados. Sua velocidade máxima, eletronicamente controlada, é de 200km/h; pouco para um motor tão saudável como esse. A prática de limitar as velocidades já é comum na Mercedes. Vejamos o Classe S 500, que possui motor V8 de 3.5L, capaz de alcançar 100km/h em corredios 5,4 segundos com seus 388cv de força, e pode chegar, no máximo, controlado pelo sistema, a "apenas" 250km/h. É evidente que "apenas" serve como mera força de expressão, mas que 250 km/h é pouco para um motor desse porte, isso não há como negar.

O F700 atinge de 0-100 km/h em 7,5 segundos, com 238cv de potência. Seu câmbio é automático, e utiliza a tecnologia Seven-tronic, de sete marchas. A direção ainda pode ser acompanhada por um computador de bordo altamente interativo. No painel, há a animação de uma simpática moça que indica ao motorista as melhores rotas para a ocasião.


Além de todo o conforto interno proporcionado pelo F700, um novo dispositivo faz com que a direção seja também mais confortável e segura: radares a laser lêem o terreno à frente, detectando irregularidades e eventuais buracos; a suspensão hidráulica Pre-Scan as interpreta e se adequa, fazendo com que os solavancos e as trepidações sejam as menores possíveis para os passageiros.

O interior do F700 é, definitivamente, seu grande destaque. As portas do lado direito abrem-se de maneira não convencional, ou seja, uma para cada lado, facilitando a entrada dos passageiros, já que, desse mesmo lado, através de um comando eletrônico, o banco traseiro pode ser invertido, possibilitando uma área muito mais ampla. Neste caso, o passageiro viaja de costas para o motorista. Veja as fotos:




Assista ao vídeo:



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Texto: Filipe Freitas

Referências:
- http://www2.uol.com.br/interpressmotor
- http://www2.uol.com.br/bestcars
- http://www.noticiasautomotivas.com.br
- http://www.automagazine.blogspot.com
- http://www.autofernsehen.de

Fotos:
- F700 de frente: http://www.autocult.com.au
- F700 de traseira: http://www2.uol.com.br/interpressmotor
- Computador de bordo: http://www.diseno-art.com
- Abertura inversa das portas: http://www.diseno-art.com
- Banco traseiro invertido: http://www2.uol.com.br/bestcars

Vídeos:
- Funcionamento do motor DiesOtto: http://www.youtube.com
- Apresentação do F700 em Frankfurt: http://www.youtube.com

quarta-feira, 30 de abril de 2008

O desfile da SFAA

Acreditem: mulheres também são colecionadoras de carros antigos.


Apesar da data sugerir uma brincadeira, o que ocorreu no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, nesse último 1 de abril foi coisa séria: era o desfile de carros antigos da SFAA (Sociedade Feminina de Autos Antigos).

Edenise Carratu, presidente da SFAA, conta que essas mulheres, participantes da Sociedade, verdadeiramente, gostam e entendem de carros. São até chamadas de “antigomobilistas”. Para elas, esse é um hobby que vira acaba virando programa para toda a família.

Essa sociedade foi criada por algumas mulheres que somente acompanhavam seus maridos em seus desfiles de carros antigos. Para substituir o enfado pelo qual eram tomadas nesses eventos, decidiram criar uma liga em que somente as mulheres poderiam participar.

Dentre as máquinas que desfilaram, destaca-se o Farus conversível (nacional produzido em Minas Gerais) e que é símbolo da instituição por ser cor-de-rosa e fazer alusão à personagem feminina do famoso desenho animado Corrida Maluca: a Penélope Charmosa.


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Texto: Carla Fernandes
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.carroecia.com.br
- http://www.autoshow.com.br
- http://www.autoclassic.com.br
- http://www.saojorgembt.com.br

Fotos:
- http://www.autoshow.com.br

Auto Giro entrevista proprietáio do Fiat Marea

Ainda muitos se perguntam: a Fiat acertou em acabar com a produção do Marea?


No mês passado, no dia 19 de março, você viu aqui no Auto Giro a matéria sobre o fim da produção do Fiat Marea. Neste mês, entrevistamos um dos proprietários do Fiat Marea, para sabermos o que este pensa a respeito do fim da produção do carro e se ele considera o Marea um carro “gastão”, um dos principais motivos que teriam favorecido a decisão da montadora italiana em pôr fim ao sedan. Nosso entrevistado, Jonathan, 22 anos, é técnico em enfermagem e possui um Marea HLX 2.0L 20V, fabricado em 1999.

Auto Giro – A quanto tempo você possui o carro?
Jonathan – A aproximadamente 1 ano e meio

AG – O Marea é um carro que possui um custo elevado de manutenção, se comparado a seus concorrentes diretos. Seu carro já fez você sentir essa diferença? Quantas vezes você já foi parar no mecânico?
Jonathan – Olha, quebrar ele nunca quebrou, apenas coisas de funilaria, mas isso é comum para todos os carros, mas admito que a manutenção realmente é cara, pois sempre faço manutenções preventivas no meu carro. Lembro-me que, quando o adquiri, troquei correia dentada, velas, filtros em geral, fiz a limpeza dos bicos de injeção, entre outras pequenas coisas. Entre peças e mão de obra gastei mais de R$ 1.600,00. Porém, devo dizer que o carro é muito forte e confiável, ao menos o meu. E olha que dá forma como ando com ele, sempre acelerando bem, já era para ter quebrado, mas tem se mostrado um carro com uma mecânica bem resistente.

AG – Como usuário constante do Marea, cite-nos três qualidade e três defeitos que você considera que o carro tenha?
Jonathan – Vou começar pelas qualidades, pois é o que mais ele tem. Primeiramente, ele é muito confortável, tem um design maravilhoso e, a melhor parte, uma potência excepcional. Quanto aos defeitos, vejamos: ele “bebe” demais; o consumo de gasolina é bem alto. Outro ponto, como já citei, a manutenção tem um valor realmente alto. Agora, o terceiro defeito, meu, não tem, não consigo achar mais um defeito para o carro.

AG – Você sabe que a Fiat parou de fabricá-lo em fevereiro desse ano? O que acha desse decisão da montadora?
Jonathan – Jura? Não sabia que haviam parado de fabricar. Mas, olha, não me preocupo com isso. Acho uma decisão errada por parte da Fiat; até concordo que o carro não tenha uma venda alta, mas se a fábrica sabe que esse problema é devido à manutenção cara, por que não sanar esse problema? Eles produziram o carro por dez anos e nunca resolveram isso, agora decidem parar de fabricar o carro? Eu definitivamente não concordo, e, como disse, não me preocupo, até porque, futuramente vou trocar o meu por um mais forte ainda. Pretendo comprar um Marea 2.0L 20V TURBO.


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Entrevista: Maxwel C. Souza
Edição: Filipe Freitas

Fotos:
- Marea: http://www.italiaspeed.com
- Jonathan e seu Marea: Maxwel C. Souza

Agradecemos a Jonathan, que colaborou com esta publicação.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Superioridade da Ferrari na Espanha

Como já se esperava, antes mesmo do início da temporada, a Ferrari demonstrou superioridade contra a rival McLaren e fez a dobradinha no GP de Barcelona (Espanha).



Largando na pole, o finlandês Kimi Raikkonen, fez uma corrida sem erros e garantiu com tranqüilidade sua segunda vitória no Mundial. Seu companheiro de equipe, o brasileiro Felipe Massa, assumiu de vez a segunda colocação logo na primeira curva, após ultrapassar o espanhol Fernando Alonso, que mais tarde abandonaria a prova devido a problemas no motor.

O inglês Lewis Hamilton, que travou uma emocionante disputa com o polonês Robert Kubica, completou o pódio.

O destaque negativo foi o grave acidente envolvendo Heikki Kovalainen da McLaren. O piloto, que passou reto na curva 9, bateu contra a barreira de pneus a uma velocidade aproximada de 230km/h. Diante da circunstância, o safety car ficou na pista por algumas voltas.



Rubens Barichello e Nelsinho Piquet, mais uma vez, não tiverem um dia de sorte. O primeiro abandonou a prova após perder o bico do carro, na saída dos boxes, após se chocar com o italiano Giancarlo Fisichella. O segundo saiu da pista logo nas primeiras voltas, depois de ser levemente tocado pelo francês Sebastian Bourdais.

Terminada a quarta etapa do ano, o mundial de pilotos segue com Raikkonen na liderança (29 pontos). Hamilton aparece em segundo com 20, seguido da "sensação" da temporada Robert Kubica, que tem 19. Felipe Massa, com 18 pontos, é o quarto.

O circo da Fórmula 1 segue para a Turquia, onde, no dia 11 de maio, será disputado o GP de Istambul.

Classificação da prova:
1°. Kimi Raikkonen (Ferrari)
2°. Felipe Massa (Ferrari)
3°. Lewis Hamilton (McLaren)
4°. Robert Kubica (BMW)
5°. Mark Webber (Red Bull)
6°. Jenson Button (Honda)
7°. Kazuki Nakajima (Williams)
8°. Jarno Trulli (Toyota)
9°. Nick Heidfeld (BMW)
10°. Giancarlo Fisichella (Force India)
11°. Timo Glock (Toyota)
12°. David Coulthard (Red Bull)
13°. Takuma Sato (Super Aguri)

Não completaram:

Nico Rosberg (Williams)
Fernando Alonso (Renault)
Rubens Barrichello (Honda)
Heikki Kovalainen (McLaren)
Anthony Davidson (Super Aguri)
Sébastien Bourdais (Toro Rosso)
Nelsinho Piquet (Renault)
Adrian Sutil (Force India)
Sebastian Vettel (Toro Rosso)

* * *

Texto: Jorge A. Silva Junior
Edição: Filipe Freitas

Fotos:
- http://www.formula1.com

domingo, 27 de abril de 2008

Quatro Rodas Experience: imperdível

De 20 a 25 de maio, o Autódromo de Interlagos será palco de mais um evento para os loucos por velocidade. Muita calma, pois ainda não é a Fórmula 1 – esta só ocorrerá em novembro –, estamos falando do Quatro Rodas Experience.



O Quatro Rodas Experience, ou o QRX, é uma espécie de Salão do Automóvel, porém, com um toque especial; ele é um pouco mais, digamos, interativo. A escolha do local, o Autódromo de Interlagos (José Carlos Pace), não é meramente ocasional. Também, pudera, como poderíamos testar os bólidos de verdade dentro de um galpão acarpetado? É isso mesmo, no QRX é possível aos visitantes dirigir as super máquinas! E veja que os modelos disponíveis não são calhambeques quaisquer. E se fossem, já valeria a pena: rodar em Interlagos já é emoção para dar e vender.

A primeira edição do evento ocorreu em 2006, e já deixou muito marmanjo babando por mais. Em 2007 a dose se repetiu, mais uma vez, com grande sucesso. Agora, em 2008, o QRX está de volta, e, a pedidos, com maior duração: serão seis dias de muita fúria e cavalos de potência.

Para participar como piloto, o visitante deve, obviamente, possuir mais de dezoito anos e ter toda a sua habilitação em dia. Depois disso, basta escolher o carro que guiará e acelerar.



Evidentemente, os preços para esses ingressos especiais (de piloto) não são os convencionais. Os carros disponíveis são separados em categorias: a mais modesta é a Gold, que sai por R$ 90,00 e dispõe carros como VW Golf GTI, VW Jetta Variant, VW Passat V6, Chevrolet Meriva Premium Easytronic, Hyundai Opirus, entre outros.

A categoria intermediária é a Diamond, com ingressos a R$ 150,00; os carros em destaque são o Chevrolet Vectra GT-X, o Renault Mégane Coupet Cabriolet, o Hyundai Azera e o novo Fiat Stilo Dualogic.

A terceira e mais refinada categoria é a Platinum. Mas, esta categoria, por incluir carros, considerados pela organização do evento, especiais, divide-se: pelo mesmo valor, R$ 250,00, o visitante escolhe entre veículos que ele pode dirigir e veículos em que ele poderá participar apenas como passageiro, sendo guiado por um piloto profissional; esses são os tais carros especiais. Dentre os carros possíveis de o próprio visitante guiar destacam-se o Fiat Punto Turbo, o Nissan 350Z, o VW Eos, a experimental Palio Weekend Elétrica, o Chevrolet Malibu Hybrid, o Citröen C4 Sport (VTR) e, o mais esportivo de todos, o Chevrolet Corvette Z06. Na fila dos carros especiais, estão na lista super máquinas como a Ferrari F430, a Lamborghini Gallardo, a Lotus Elise e ainda um carro surpresa, que só será revelado na hora.



Democrático, o QRX também contará com um circuito off-road, para os mais aventureiros. Carros para guiar também serão disponibilizados para essa categoria. Destacam-se o Chevrolet Hummer H3 e o Nissan Pathfinder, na categoria Platinum (R$ 250,00), a Chevrolet S-10, o WV Touareg V8 e a Nissan Frontier Automática, na categoria intermediária Diamond (R$ 150,00), e, na categoria Gold (R$ 90,00), o Kia Sportage 2.7L e o Kia Sorento 3.8L.

Todos os participantes motoristas deverão comparecer ao autódromo com uma hora de antecedência ao horário marcado para sua sessão de voltas (que serão três). Antes de girar a chave, todos passarão por um mini-curso de direção esportiva e receberão as normas sobre o que não deve ser feito em pista. Até radares de velocidade serão instalados para conter os mais apressados. A não obediência a essas determinações excluirá o visitante.



O evento também vale para programas em família. Enqanto os papais e as mamães aceleram fundo, as crianças poderão desfrutar da Área Kids. Lanchonetes e Restaurantes também estarão a disposição. A venda de ingressos já começou (http://www.ingressoqrx.com.br/carro.php), e durará até 19 de maio. Os ingressos normais, ou seja, que não dão direito à pilotagem, custam R$ 20,00.

* * *

Texto: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.qrx.com.br
- http://www.quatrorodas.com.br

Fotos:
- Logo QRX: http://www.texaco.com.br
- Armação do evento: http://www.qrx.com.br
- Lamborghini Gallardo: http://www.quatrorodas.com.br
- Hummer H3: http://www.hummer3.net

sábado, 26 de abril de 2008

Combustíveis adulterados

São considerados adulterados todos os combustíveis automotivos que não respeitam as leis impostas pela ANP, Agência Nacional do Petróleo, na Lei número 9.478/1997.


A razão para que os postos falsifiquem os combustíveis é única: a geração de maoires lucros, de maneira mais fácil e rápida.

A alteração, tanto da gasolina como do álcool, pode ser operada facilmente. No caso da gasolina, basta que o falsificador adicione quantidades de álcool e solventes superiores àquelas permitidas por lei. Neste caso, a obtenção de lucro do vendedor é maior, pois este vende álcool a preço de gasolina, que é mais cara. Pelo estabelcido pela ANP, a proporção de álcool na fórmula da gasolina não deve ultrapassar 25%. A comercialização da gasolina pura existe, mas não no Brasil; se a tivéssemos, a detecção de fraudes, neste caso, seria mais fácil.

Quanto à alteração na fórmula do álcool, sabe-se que esta pode ser feita de diversas maneiras; aqui, o criminoso tem à sua frente um leque aberto de diversas opções. Dentre as mais comuns, está a da adição de solventes acima do nível permitido. No Brasil, essa taxa não deve ser superior a 2%, como no caso da gasolina.

Por sua tonalidade incolor, o álcool ainda está sujeito à forma de alteração mais grosseira possível: a adição da mais pura água natural. Para coibir tal desvirtuação, a Resolução nº 36* foi criada. O ato, de dezembro de 2005, obrigava a adição de um corante cor de laranja à fórmula do álcool.




O consumidor, vítima desses postos, poderá enfrentar panes gerais no motor, falhas na marcha lenta, entupimento de válvulas, problemas do diafragma da bomba de combustível, diluição considerável do óleo lubirficante antes do previsto, gerando atritos danosos entre cilindros e anéis de pistões, entre outros inúmeros defeitos. Vale ainda mencionar que a emissão de poluentes também será maior.

Para evitar situações como essas, deve-se usar, senão sempre, ao menos regularmente, gasolina aditivada. Ela remove resíduos que se depositam no sistema de alimentação do motor, mantendo a regulagem por mais tempo.

Confira alguns postos interditados por comercializarem combustível adulterado. A fonte é do site da Prefeitura de São Paulo:

Auto Posto das Orouídeas – Av. Dom Pedro I, 368
Auto Posto K2 – Rua Santa Cruz, 198
Auto Posto Três Tombos – Rua Dom Villares, 631
Auto Posto Real Celebrity – Rua Cel. Diogo, 1301
Auto Posto Cursino – Av. Cursino, 970
Auto Posto Floresta – Rua Afonso Celso, 1127
Auto Posto Hebrom – Rua Maria Cândida, 1246



* * *

* Link para a Resolução nº 36: (http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2005/dezembro/ranp%2036%20-%202005.xml?f=templates$fn=document-frame.htm$3.0$q=$x=$nc=7531)



Texto: Herbert Joaquim Seles
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.anp.gov.br
- http://www.folha.com.br
- http://www.consumidorbrasil.com.br
- http://www.prefeitura.sp.gov.br
- http://www.revistafatorbrasil.com.br
- http://www.sjc.sp.gov.br

Fotos:
- Placa de combustível: http://www.ocomuna.blogspot.com
- Bomba de gasolina interditada: http://www.folha.com.br
- Bombas de gasolina lacradas: http://www.revistafatorbrasil.com.br

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Honda Accord 2008: magistral

Depois de ser flagrado sem disfarces em testes pela Europa, o novo Accord 2008 foi oficialmente apresentado ao grande público. Até em uma concessionária de São Paulo o carrão foi visto, nesse último mês de março, na Rua da Independência.


A classe e a elegância, sempre presentes nas sete edições anteriores do Accord, estão arrebatadoras nessa nova versão saída do forno. Mas, o grande destaque fica mesmo para as novas super potências do carro. No Brasil, duas versões serão comercializadas: a mais “simplória”, o LX, que antes contava com um motor de 2.0L de 150 cv de potência, agora terá um de 2.4L e 179 cv; a versão EX-L, V6, top de linha, antes equipada com um “modesto” motor de 3.0L, ferverá nas ruas com nada menos do que 3.5L; seus 240 pangarés de potência do modelo antigo foram realimentados: agora formam uma manada de 272 cv de pura velocidade.

Entretanto, em meio a tantos cavalos, não podemos ignorar que um motor tão bom assim não seja um “beberrão”, certo? Errado. Pelo menos, segundo a própria montadora Honda, o consumo do Accord 2008 não atinge números tão astronômicos como suas potências nos fazem sugerir. A versão LX consome 8,9 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada. O modelo EX-L não fica muito atrás no quesito economia, apesar de exibir poder de motor consideravelmente maior: 8,1 km/l na cidade e 12,3 km/l na estrada. Nada mau para a fúria de um V6 3.5L. Se o compararmos a um Fiesta, motor 1.0L, que faz, segundo a Ford, 12 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada, veremos que a diferença não é tão abismal assim.


A tabela de preços para o Brasil também já foi divulgada. E ela mostra que, de fato, o Honda Accord é um carro especial: o LX sai por R$ 99,8 mil; já o V6 EX-L não deixa a concessionária por menos de R$ 144 mil. Com relação à geração anterior do sedan de luxo, houve aumento sim; todavia, justificável.

Outras versões, como a esportiva cupê e a familiar perua, ainda seguem sem data de previsão para a chegada por aqui. Os planos da Honda são, por ora, oferecê-las somente aos mercados norte-americano e europeu. O vídeo abaixo apresenta o tal modelo cupê, mostrado pela primeira vez em janeiro deste ano, no Salão de Detroit, no Estados Unidos. É a versão mais esportiva da família Accord, com apenas três portas. Veja e se encante.



* * *

Texto: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.webmotors.com.br
- http://www.noticiasautomotivas.com.br
- http://blogauto.com.br
- http://carsale.uol.com.br
- http://www.carroecia.com.br
- http://www.planeramotors.com
- http://www.honda.com.br

Fotos:
- Honda Accord prata: http://www.autoshow.com.br
- Honda Accord vermelho: http://www.webwombat.com.au

Vídeo:
- http://www.youtube.com

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A volta da mítica Ténéré

Depois de interromper a fabricação da Ténéré em 1993, a Yamaha dá sangue novo ao modelo. As próximas etapas do Rali Paris-Dakar que se cuidem: aí vem a novíssima Ténéré XT 660Z.



Em 1985, a Yamaha deu a luz à uma das melhores e mais destacadas motos trail do mundo até então, a XT 600 Ténéré. Oriunda da XT 500, a Ténéré foi concebida com ganho de 6cv em relação à sua antecessora e um tanque de 28 litros, que a tornava, legitimamente, uma moto de rali: a grande capacidade dava-lhe autonomia para rodar 400 km sem precisar reabastecer. A Ténéré já nascia como um mito.

Outro fator que a diferenciava das demais era o seu tamanho. No entanto, não se pode negar que esse fator era um tanto quanto dúbio: enquanto os motoristas mais altos e robustos se encantavam com a monstruosidade da Ténéré, os 89 centímetros que separavam seu assento do solo assustavam os mais baixinhos. Montar numa máquina dessas era arriscado até mesmo para um sujeito de 1,70m. O seu peso (aproximadamente 150 kg a seco) também complicava a tarefa, pois o desafiante tinha que suportá-lo (quando parado) somente com uma perna apoiada perigosamente ao chão. Casos de quedas não eram raros.

Desde sua criação, a grandalhona da Yamaha sofreu reestilizações, no entanto, não muito significativas. As grandes mudanças sempre ficavam mesmo no setor mecânico. Porém, em 1988, a Ténéré japonesa surpreendeu com a nova cara, arrojada e inovadora. Os faróis duplos e a carenagem integral fixada tornavam-na mais robusta; o modelo assumia, de fato, uma identidade endurista, assim como os modelos que participavam da epopéia que era – e ainda é – o rali Paris-Dakar.


Apesar de se assemelhar às motos de competição, a Ténéré não fazia feio no asfalto; e essa era uma de suas principais características. A Ténéré era uma moto on/off road, ou seja, capaz de rodar em circuitos asfaltados ou terrosos com qualidade.

No Brasil, a moto chegou somente em 1988. Apesar de já estarmos no ano em que o modelo recebeu sua reestilização no Japão e na Europa, o que vimos desembarcar por aqui foi a versão que já saía de linha nesses países. Somente em 1990, com dois anos de atraso, o modelo defasado dava lugar ao estrangeiro. Porém, com algumas mudanças, e para melhor. O tanque aumentou: 24 litros contra 23 da versão gringa. Comparado à primeira Ténéré, o tanque diminuiu, é verdade, mas ainda continuava notável. As outras alterações foram, por exemplo, os novos retrovisores, a posição do guidão, mais elevada, e a exclusão do pedal de partida.




Em 1992, a Ténéré deu seu último suspiro, com o lançamento da versão Super 750. No ano seguinte, o modelo teve seu fim, ainda idolatrado por muitos, apesar da curta permanência no mercado nacional (1988 – 1993).

Mais de uma década depois a Yamaha renasce o modelo, agora conhecido como Ténéré XT 660Z, mais bonito, moderno e, o mais importante, mais potente. O motor é o mesmo da já conhecida XT 660R, capaz de gerar 48,4 cv a 6.100 rpm e 58,7 kgf a 5.500 rpm. A capacidade do tanque sofreu uma pequena queda: comporta 22 litros. Os freios são da marca Brembo. O peso da moto subiu: que se fortaleçam as panturrilhas para suportar os 183 kg, a seco. A moto, completamente modificada, vem em três opções de cor; uma delas é a Desert Khaki, pronta para enfrentar as intermináveis areias do deserto africano que lhe inspiraram o marcante nome: Ténéré.





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Texto: Maxwel C. Souza
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.yamaha-motor.pt
- http://www.motoesporte.com.br
- http://www.webmotors.com.br
- http://www.moto.com.br
- http://www2.uol.com.br/bestcars

Fotos:
- Ténéré XTZ 660 Z: http://www.yamaha-motor.pt
- Ténéré XT 600: http://www2.uol.com.br/bestcars
- Primeira Ténéré brasileira: http://www2.uol.com.br/bestcars

Vídeo:
- http://www.yamaha-motor.pt

terça-feira, 22 de abril de 2008

Auto Giro entrevista amante de motos custom

No mês passado, no dia 25 de março, aqui no Auto Giro, publicamos uma matéria sobre a Shadow 750 cc, moto do tipo custom da montadora Honda. Neste mês, fomos atrás de um proprietário de uma Shadow, para saber quais as vantagens e desvantagens de uma moto desse estilo. Waldemar Ambrósio, 48 anos, é comerciante e possui motos custom há mais de 12 anos. Waldemar também é membro do Moto Clube Brazil Rider´s, atualmente com mais de 3 mil membros.

Auto Giro – Quantas motos custom você já possuiu e quais foram?
Waldemar –
Já tive seis motos custom. A primeira foi uma Kawasaki Vulcam 750 cc. A segunda moto foi uma Harley 1200 cc, fabricada em 1958; uma clássica. Depois, foi a vez da Intruder 1400 cc. Também tive uma Sundown Vblade e, atualmente, possuo duas: uma Drag Star 650 cc e uma Shadow 750 cc.

AG – Quando e como veio o gosto por motos desse estilo?
Waldemar –
A admiração por essas motos veio ainda na minha infância, quando assistia a filmes norte-americanos. Nas décadas de 60 e 70 essas motos eram muito presentes nos filmes. Depois, quando cresci, tive a oportunidade de andar em uma custom de uma amigo; o “casamento” estava feito. Foi amor à primeira vista.

AG – Quais as principais diferenças das motos custom para os demais estilos de motos?
Waldemar –
As motos custom são, essencialmente, motos para estrada, longas viagens. Elas possuem conforto e segurança que pouquíssimas motos têm. Normalmente são equipadas com motores de alta cilindrada e raramente apresentam defeitos, porém, elas não são recomendadas para uso urbano. Devido ao seu tamanho e peso, elas se tornam perigosas frente ao trânsito violento das cidades grandes.

AG – Nos Estados Unidos, as motos custom têm uma excelente aceitação e são bastante populares. Como está esse cenário no Brasil? Elas ainda sofrem resistência por parte dos motociclistas brasileiros?
Waldemar –
Realmente, as motos custom sofriam o preconceito dos brasileiros, que davam maior preferência para as motos Speed. Isso também devido à forte influência japonesa e européia que sofremos nas décadas de 70 e 80, mas esse cenário mudou. Atualmente, as motos custom são facilmente encontradas nas ruas e nas estradas. Por trazerem muita potência em seus motores, elas passaram a agradar os brasileiros. No Brasil, existem mais de 8 mil moto-clubes, apesar desse número não ser oficial, pois muitos desses moto-clubes não possuem registro. Dentro desses moto-clubes, aproximadamente 70% das motos são do estilo custom. Portanto, não gostar de custom é coisa do passado.


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Entrevista: Maxwel C. Souza
Edição: Filipe Freitas

Fotos:
- Shadow 750: http://www.motoonline.com.br
- Waldemar Ambrósio: Maxwel C. Souza

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A palavra de quem entende: Eduardo Rodrigo Mora

Confira aqui no Auto Giro algumas dicas de como conservar melhor sua moto.

Acompanhe a entrevista de Eduardo Rodrigo Mora, 42 anos, mecânico, proprietário da Speed Center, oficina especializada em conserto de motocicletas e jet ski.


Eduardo é formado em manutenção de aeronaves e trabalhou por diversos anos em concessionárias Honda. Possui vários cursos de manutenção de motos e, atualmente, dedica-se exclusivamente à sua oficina, localizada na zona leste de São Paulo.

Auto Giro - Eduardo, há quanto tempo você trabalha consertando motocicletas? Eduardo - Há 25 anos, quando iniciei em uma oficina no bairro onde morava.

AG - Em sua opinião, qual a prinicipal causa de defeitos em motocicleta? Erros dos engenheiros das fábricas ou o mau uso por parte dos proprietários?
Eduardo -
Com certeza é o mau uso dos proprietários.

AG - Tomando como base sua resposta anterior, poderia nos citar algumas dicas de manutenção para nossos leitores?
Eduardo -
Com todo o prazer, apesar de que o meu “ganha-pão” é justamente quando as motos quebram, quer dizer, para mim o melhor negócio é que os donos maltratem sua motos.. (risos).

1º – O primeiro ponto que deve ser citado é que devemos respeitar as manutenções preventivas a qual toda máquina está sujeita;

2º – É sempre importante verificar o aperto de todos os parafusos da moto, principalmente os da suspensão e os do motor;

3º – Deve ser mantida uma constante lubrificação das partes móveis; um dos mais comuns é o conjunto de relação;

4º – Sempre usar combustíveis de boa procedência, dando preferência para postos de bandeiras conhecidas;

5º – Um dos maiores motivos de desgaste e quebra de peças internas do motor é a falta de óleo. Para economizar R$ 10,00 muitas pessoas rodam mais do que devem com óleo velho no motor da moto, mas essa é uma economia “burra”, pois a quebra do motor gera um gasto muito mais alto. O ideal é respeitar as trocas de óleo, sempre indicadas pelos fabricantes e realizar a troca do filtro de óleo a cada duas trocas de óleo;

6º – Por último, sempre procure oficinas conhecidas ou indicadas por amigos; evite picaretas, pois existem muitos por aí.

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Entrevista: Maxwel C. Souza
Edição: Filipe Freitas

Foto:
- Maxwel C. Souza

Agradecemos a Eduardo Rodrigo Mora, que colaborou com esta publicação.

domingo, 20 de abril de 2008

Novas linhas para o Ford EcoSport

A versão 2008 do Ford EcoSport esta aí.



Cadê a tração integral? Esta é a pergunta mais freqüente de seus consumidores. Porém, apesar de o carro deixar a desejar em alguns pontos, o Ford EcoSport segue fazendo grande sucesso. Após cinco anos, a marca vendeu nada menos do que 195 mil automóveis. Em pouco tempo, o modelo se tornou desejado por todos, e não só pelos brasileiros. O Eco Sport conquistou o publico jovem também na Argentina, na Colômbia, no Chile, na Venezuela, no México e no Uruguai, países para os quais a Ford também o exporta.

Agora, em 2008, o carro ganha novo desenho, baseado no mais recente conceito mundial de linhas da Ford: o Kinetic, aplicado também nas linhas de modelos como o Fiesta e o novo Ka.

Quanto ao motor, nada mudou. As alterações foram mesmo na carroceria. Na parte dianteira, o pára-lamas ganhou um novo formato, principalmente em função da mudança dos novos faróis. Outros pontos de impacto da nova versão são a grade do radiador e os pára-choques.

As modificações internas também foram significativas, e agradaram. Diversos revestimentos podem ser notados em toda estrutura do carro, principalmente com a função de diminuir ruídos - fator de reclamações da antiga versão.

Correspondendo a 58% do mercado nacional de utilitários esportivos, o EcoSport segue evoluindo cada vez mais. Com a versão 2008, a montadora tem projeção e expectativas de superar as vendas de 2007, já que os preços para as versões 1.6L foram congelados. As versões 2.0L tiveram um pequeno aumento, contudo, não superior a R$ 700,00.

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Texto: Fabiano Gomes dos Santos
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.carplace.com.br
- http://www.webmotors.com.br
- http://www.ford.com.br

Foto:
- http://www.autoshow.com.br


terça-feira, 8 de abril de 2008

Estilo Motard

Motos de estilo Motard conquistando novos fãs por aqui. Os lançamentos da Sundown e da Yamaha são os responsáveis.

Sucesso pelo mundo, as Motard são motos com toda a estrutura de off-road, porém, possuem adereços para o uso ideal no asfalto, como , por exemplo, pneus e freios, numa mistura muito interessante.

No Brasil, só era possível adquirir um de desses modelos através de importação. Mas, como sempre, o pessoal dava um "jeitinho".

Pelo país à fora, oficinas especializadas transformavam modelos como NX Falcon, XT 600E, XT 660R e XR Tornado 250 em verdadeiras motos de circuito misto, em Motards. A metamorfose baseava-se em princípios relativamente simples, com as alterações, principalmente, no jogo de rodas e pneus: a roda dianteira, maior nesses modelos, era substituída por uma de menor aro. A suspensão também sofria uma pequena elevação. A roda de traseira original também era adaptada, sendo posta em seu lugar uma com maior perfil, com maior aderência. Em alguns casos, o sistema de freio também passava por mudanças.

Essa modalidade de motos de circuito misto surgiu das competições que envolviam pilotos de ambas as condições de terreno, asfaltado e terroso. Uns acusavam os outros de se beneficiarem pelo tipo de moto usada. Uma moto neutra deveria ser criada: eis a Motard, capaz de rodar em qualquer pista com qualidade.


Por muito tempo, a indústria brasileira ignorou esse filão que se chama Motard. Agora, isso, já é passado. Em 2005, a Sundown tomou a iniciativa e passou a produzi-las por aqui. A chegada da STX 200, uma moto com rodas aro 17 e motor capaz de gerar 16,7 cv a 8.000 rpm, mostrou que o estilo Motard será forte.

E a Sundown que se cuide, pois seu reinado solitário já recebeu concorrentes: a Yamaha lançou o conceito "X". A nova empreitada dos japoneses não é criar novos modelos, mas sim incrementar os já existentes. A TZ 125 passou para XTZ 125, no estilo Motard. A poderosa TZ Lander 250 passou para XTZ Lander 250, também Motard, porém, muito mais furiosa.

Ainda resta à Honda, outra gigante do mundo das duas rodas, se juntar a esse grupo. Rumores indicam que a mudança virá, seguindo a fórmula de seus compatriotas da Yamaha: apostando nas transformações. Os modelos cotados para as metamorfoses são a Bros 150 cc e a NX Falcon 400 cc.


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Texto: Maxwel C. Souza
Edição: Filipe Freitas

Referências:
- http://www.noticias.vrum.com.br
- http://www.sundownnet.com.br

Fotos:
- Sundown STX 200: http://www.sundownmotos.com.br
- Motard preta: Maxwel C. Souza
- Yamaha XTZ Lander X: Renato Durães / Infomoto / http://www.uol.com.br

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A primeira de Massa

Redimindo-se dos erros ocorridos nos GPs da Austrália e Malásia, nas quais não completou a prova, o brasileiro Felipe Massa garantiu a sua primeira vitória na temporada 2008 da Fórmula 1, no GP do Bahrein.


Mesmo largando em segundo lugar, o piloto da Ferrari venceu pela primeira vez neste ano. Massa assumiu a ponta logo na primeira curva e a manteve até o final. Seu companheiro de equipe, o finlandês Kimi Raikkonen, veio logo em seguida para garantir a dobradinha ferrarista. O polonês Robert Kubica da BWM/Sauber, que largou na pole position, completou o pódio.

O inglês Lewis Hamilton, atual vice-campeão mundial, mesmo largando na quarta posição teve problemas na asa dianteira de seu carro. Após bater no espanhol Fernando Alonso, o piloto da McLaren precisou de uma parada a mais nos boxes e terminou a prova com o modesto 13º lugar.

Os brasileiros Rubens Barichello e Nelsinho Piquet não fizeram uma boa corrida. O primeiro terminou em 11º lugar, após dura batalha na pista com Fernando Alonso. O segundo abandonou a prova faltando 16 voltas para o final, devido a problemas mecânicos.

Com o resultado do último domingo, o atual campeão Kimi Raikkonen segue líder do mundial de pilotos com 19 pontos. Em segundo aparece o alemão Nick Heidfeld da BWM/Sauber, seguido de Heikki Kovaleinen e Lewis Hamilton, ambos da McLaren, que somam 14 pontos cada.

No mundial de construtores a festa fica por conta da BWM/Sauber. Com os ótimos resultado de Heidfeld e Kubica, a equipe lidera com 30 pontos. A Ferrari, atual campeã, ocupa o segundo lugar com 29, seguida da McLaren que possui 28.

Resultado do GP do Bahrein:
1- Felipe Massa (Ferrari)
2 - Kimi Raikkonen (Ferrari)
3 - Robert Kubica (BMW-Sauber)
4 - Nick Heidfeld (BMW-Sauber)
5 - Heikki Kovalainen (McLaren)
6 - Jarno Trulli (Toyota)
7 - Mark Webber (Renault)
8 - Nico Rosberg (Williams)
9 - Timo Glock (Toyota)
10 - Fernando Alonso (Renault)
11 - Rubens Barrichello (Honda)
12 - Giancarlo Fisichella (Force Índia)
13 - Lewis Hamilton (McLaren)
14 - Kazuki Nakajima (Williams)
15 - Sebastien Bourdais (Toro Rosso)
16 - Anthony Davidson (Super Aguri)
17 - Takuma Sato (Super Aguri)
18 - David Coulthard (Renault)
19 - Adrian Sutil (Force Índia)

Não completaram:
- Nelsinho Piquet (Renault)
- Sebastian Vettel (Toro Rosso)
- Jenson Button (Honda)

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Texto: Jorge A. Silva Junior
Edição: Filipe Freitas

Foto:
- Steve Crisp / Reuters / http://www.gazzetta.it